3.9.03
Não quero chegar à 1/2 idade infeliz. É muito triste - e patético - ser uma pessoa amargurada, que se sente sempre vítima das circunstâncias. Não dá pra viver de passado. Não sou museu. Nem quero ser. Gosto do novo, dos novos ;) Quero esquecer quem já me magoou, me feriu. Espero que tudo cicatrize rápido, que eu não (sobre)viva com um corte profundo na minha alma, por onde possam se esvair meus sonhos, desejos, esperanças de outrora e de hoje. Não quero e não posso manter uma ferida aberta no meu peito, que rasga, machuca, sangra a carne até me definhar totalmente.
Nossa! Tão piegas isso né? Mas fiquei com vontade de postar isso aqui e assim o fiz.
5:28 da tarde30.1.03
Já diria a sábia Gaby Hauptmann, homem bom é homem morto. Mas como não conseguimos viver (bem) sem eles, os voldemortos continuam aprontando das suas - nem que seja no *além-túmulo*. Não satisfeito em curtir sua fase *solteiro no Rio de Janeiro*, meu querido volde resolveu brincar com fogo. Só espero que (não) saia chamuscado...
O ano passado não passou,
continua incessantemente.
Em vão marco novos encontros.
Todos são encontros passados.
As ruas, sempre do ano passado,
e as pessoas, também as mesmas,
com iguais gestos e falas.
O céu tem exatamente
sabidos tons de amanhecer,
de sol pleno, de descambar
como no repetidíssimo ano passado.
Embora sepultos, os mortos do ano passado
sepultam-se todos os dias.
Escuto os medos, conto as libélulas,
mastigo o pão do ano passado.
Carlos Drummond de Andrade
Desculpe-me Drummond, colocar-te no meio disto. Mais uma vez.
1:59 da manhã4.1.03 ::Voldemortos:: - def. Aqueles Que Não Podemos Nomear; em linguagem clara, nossos *ex-maridos-namorados-casos-rolos-cachos-pretês-affairs-e-afins*. Afinal, o que foi que vimos nessas peças???